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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

A comunidade preocupado com a segurança no Povoado de Riacho Seco - Curaçá - BA.

                                            (clique na foto abaixo para amplia-la)
(Cópia do documento enviado pela comunidade de Riacho Seco as autoridades do município de Curaçá)
No final do ano de 2010, o então Presidente da Republica do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva, juntamente com o Governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral convocou suas forças militares para traçar um plano de combate ao crime organizado naquele Estado. A meta era tomar de volta o controle do Complexo do Alemão, até então dominada pelos traficantes daquela localidade, para que seja instalada uma UPP Unidade de Polícia Pacificadora naquela comunidade. 
Na manhã do dia 28 de novembro, as forças de segurança liderada pelo BOPE (Batalhão de Operação Especial da PM/RJ) e integrantes das Forças Armadas, entraram no conjunto de favelas e assumiram o controle da comunidade em menos de duas horas, prendendo trinta criminosos e apreendendo dezenas de armas e dez toneladas de drogas. A operação começou às oito horas da manhã e às 13h22min as bandeiras do Brasil e do Rio de Janeiro foram hasteadas no alto do teleférico do morro do Alemão. Todo o ocorrido tem sido chamado de Guerra do Rio de Janeiro e especialistas consideram que esta é uma das maiores operações policiais já realizadas nas favelas da cidade, por conta de suas conquistas e apreensões de drogas e armamentos significativas
Essa ação histórica foi apoiada por toda a população brasileira que já estava saturada com a situação que se encontrava o RJ, mas que teve a preocupação dos governadores dos outros Estados, porque centenas de traficantes conseguiram fugir do cerco policial e com certeza esses marginais irão migrar para diversos estados da União. Com essa preocupação muitos governadores acionaram o seu policiamento no sentido de efetuarem operações militares, principalmente nas fronteiras que abrange o seu território.
Essas operações se deram em muitos Estados do Nordeste, inclusive no vizinho Estado de Pernambuco que independente deste fato está fazendo um excelente serviço no combate a criminalidade. o contraste é visual do aparato policial em relação a PM/BA, sem contar com as estradas que há muito tempo só recebe elogio, enquanto na Bahia...
Aqui no norte da Bahia, mas precisamente na região que faz fronteira com o polígono da maconha não aconteceram nenhuma ação feita pela Secretaria de Segurança Publica do Estado que envolvesse a PM e a PC  para tentar inibir a entrada desses meliantes na nossa região. Mesmo porque o efetivo da 45ª CIPM (Companhia Independente de Policia Militar) é incompatível com as necessidades da região; porque em alguns povoados que pertence a esta companhia de polícia, a segurança das comunidades é feita por apenas dois policiais, e nos locais em que existem viaturas nenhuma é padronizada, são veículos locados pela prefeitura do município, como é o caso do Povoado de Riacho Seco e Pedra Branca que pertence ao município de Curaçá, e que tem como viatura para realizar o policiamento um Fiat Uno, que mesmo sendo inadequado para o serviço nessa região, tem a sua utilidade e serve para ajudar a elucidar pequenos delitos. O efetivo da Polícia Civil é insuficiente para exercer a função de policia judiciaria com mais eficácia na região, e com isso fica arquivado vários processos de delitos que poderia ser elucidados.
O povoado de Riacho Seco que fica a 43 km da cidade de Curaçá, com aproximadamente 2000 habitantes na sua área urbana e com quase 5000 habitantes na área rural, a atividade econômica predominante no município é a agropecuária. A segurança da comunidade é feita por apenas dois policiais, o que é insuficiente para garantir o sossego dos moradores da localidade. Há previsão de ser construída uma pequena hidroelétrica nessa região e a vinda de uma pedreira que irá explorar “o cobre” o minério existente nessa área do município. Com a implantação dessas obras no povoado será montada um grande canteiro de obra que abrigará centenas de trabalhadores que virão de toda a região, com isso o aumento da população de Riacho Seco será expressivo e as ocorrências policias serão ainda maiores, que deixará o povoado mais vulnerável.
Foi feito um levantamento de quando foi instalado o Posto Policial Militar (PPM) na comunidade, e descobriu que o supracitado PPM foi inaugurado em setembro de 1985 na gestão do prefeito Theodomiro Mendes. Foi aproveitada a casa que estava fechada e que outrora abrigava os geradores de energia movida a diesel que fornecia eletricidade para o povoado quando não tinha rede elétrica na região. Na época em que o PPM foi inaugurado o povoado era composto por 1/3 da população existente hoje e dois PM’S faziam a segurança do local. A localização do supracitado posto quando foi inaugurado ficava no local centralizado e que atendia as necessidades da comunidade. Com o crescimento do povoado e aumento da população o PPM ficou escondido e distante do centro e do comercio local. Durante esse tempo, pouco se fez para melhorar as condições do Posto Policial Militar que encontra-se numa situação precária.
Preocupado com essa situação um morador da região que há mais de dez anos se instalou num povoado próximo, e há quase dois anos faz um serviço social na comunidade, se comoveu com a situação e resolveu fazer no inicio do mês de dezembro de 2010 uma pesquisa em forma de questionário para saber da população como estava funcionando o serviço de segurança pública na comunidade e o que poderia ser feito para melhorar. Responderam a este questionário todas as pessoas idóneas da localidade como: comerciantes, professores, estudantes e algumas pessoas da comunidade que deram sua contribuição respondendo todas as perguntas. Pelo que foram respondidas no questionário as pessoas não estão satisfeita com o local onde está localizado o PPM e querem que um novo Posto Policial Militar seja construído nas proximidades do mercado e/ou na entrada do povoado próximo ao retorno que dar acesso a BA 210. Relataram que policiamento existente na comunidade não condiz com a realidade, apenas dois policiais não garante a segurança nem mesmo deles que estão trabalhando. Teve um dos entrevistados que afirmou que tinha ouvido umas pessoas estranhas falando na praça que iria invadir o PPM porque lá só havia dois policiais trabalhando e que seria fácil surpreende-los porque o posto não oferecia nenhuma segurança aos policiais.
Na verdade há muito tempo que o policiamento do Povoado de Riacho Seco funciona como um faz de conta, o comandante da 45ª CIPM não tem ideia do perigo que corre esses dois policiais que ali trabalham, porque o local é rota de passagem de narcotraficantes e assaltantes de banco que por ali trafegam por causa da pouca movimentação de policiais naquela região, principalmente a noite que não é visto nenhuma viatura rondando nas imediações. A comunidade exige que providências sejam tomadas no sentido de ser revertido esse quadro de insegurança que vive os moradores dessa localidade que vive a mercê desses meliantes que trafegam livremente por essas áreas. Com a previsão da construção da hidroelétrica e a instalação de uma empresa de mineração que está previsto a chegar à região, a construção de um PPM de grande porte será inevitável para garantir a segurança de todo esse perímetro.
O posto policial tem que servir de modelo para as demais localidades, equipado com telefone, rádio de comunicação e informatizado, para poder oferecer ao povo do local e demais comunidades cirucuvizinhas um serviço de qualidade.  Por está localizado num local central do município a construção do supracitado PPM no povoado tem que ter suas dimensões um grande espaço que seja implantado um verdadeiro pelotão para abrigar vários policiais e que comporte pelo menos duas viaturas em suas dependências, para que quando houver alguma operação policial nas imediações o local possa oferecer um conforto e espaço suficiente para esses policiais, e que no local seja destinado um espaço reservado para servir como base da CIPE (Companhia Independente de Policiamento Especial) conhecida como “Policiamento da Caatinga”.
 Pela vontade do povo o policiamento que tem que ser empregado no povoado tem que ser composto no mínimo por seis policiais que queira realmente trabalhar em prol da comunidade, dando o tratamento devido e diferenciado ao cidadão e ao bandido, que farão a ronda num veiculo grande movido a diesel (S10 ou Blazer) Para que desta forma os policiais possam desempenhar um serviço de qualidade e que o povo desta região se sinta seguro sabendo que a policia está fazendo o seu papel com todo amparado necessário para se prestar um bom serviço que seja do agrado de todos. Com essa estrutura será possível atender as necessidades dos povoados que estão localizados nas margens do São Francisco como: Ferrete, Fazenda do Meio, Rompedor, Fagundes, ilha Redonda entre outros; e até mesmo dar um apoio aos policiais de Pedra Branca para que seja feita operações policial no Projeto Pedra Branca e na área que comporta o povoado do Pambu, se estendendo esse serviço até o trevo do Ibó, para inibir a ação dos assaltantes que aterrorizam o moradores daquela região. Dessa forma o cidadão vai poder percorrer sem medo o trecho da BA 210 que corresponde da cidade de Curaçá até o trevo do Ibó, porque vai ter a certeza que a PM estará empenhado para garantir a segurança de todos. Sendo atendidas essas necessidades a policia vai ter ferramentas para coibir e acabar e/ou diminuir o tráfico de drogas existente na região, principalmente a maconha que é cultivada em grande escala pelos narcotraficantes da região.
Essa região que vai de Curaçá até a Barra do Tarrachil, que é a área que pertence ao policiamento da 45ª CIPM é uma região bonita com áreas que tem que ser explorado pelo turismo, como é o caso de varias ilhas existente na região e que a grande maioria nunca foi visitada por turistas pelo fato de que em muitas delas os narcotraficantes, além de usar para cultivar o plantio da maconha sem o consentimento dos donos, usam esse local como esconderijo e abrigo para traficantes e fugitivos de várias regiões do país. Para que possa ser explorado o turismo nessa região será preciso, um alto investimento, tanto na área de segurança, como na área social desse município.
O cultivo ilícito da maconha pelos narcotraficantes da região atrapalha os agricultores do local, que tem o seu trabalho prejudicado, tendo em vista que a região fica mal vista e os compradores que visita o local ficam assustados com a periculosidade do local e muitos não retornam para fazer negócios com os agricultores temendo pelas suas vidas, já que os assaltos na região são frequentes e as estradas são de péssima qualidade.
A cópia desse relato, juntamente com os questionários em que foi feito a pesquisa no povoado será enviado para as principais autoridades do município: Prefeito, Presidente da Câmara de Vereador, Comandante da 45ª CIPM, Delegado da Polícia Civil, Juiz da Comarca da cidade e a mídia da região; as denuncias comprometedora que foi feita por alguns moradores, para que sejam preservadas suas identidades, serão entregue apenas para as autoridades policiais e o Ex. SR.Juiz da comarca de Curaçá.
Para que essas reivindicações do povo, bem como esses relatos não passe despercebido, é preciso que essas pessoas influentes possam decidir se realmente a comunidade e o município merece que seja feita uma construção desse nível que vai servir como base policial para que seja melhorado o policiamento na região que iniba o cultivo dessa droga maldita e a entradas de bandidos de toda a espécie que vê essa região como um refugio para ideal para prática de seus delitos.
A comunidade de Riacho Seco vai aguardar o pronunciamento dessas autoridades citadas, e com certeza irá cobrar tudo isso que foi declarado, porque as providência tem que ser tomadas agora, e não depois de serem instaladas as obras previstas para a nossa região. O povo espera que sejam atendidas todas reivindicações que foram relatadas.  

COMUNIDADE DO POVOADO DE RIACHO SECO

JANEIRO DE 2011

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